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IMAGENS VIVIDAS - COMO MELHOR TRANSMITIR UMA INSTRUÇÃO

Para conseguirmos passar uma mensagem, instrução ou feedback, devemos ter em atenção o funcionamento da mente humana.

Quando recebemos uma determinada informação criamos uma imagem mental em torno desta. A criação de histórias em volta destas imagens é a forma como o nosso cérebro guarda informação.

Quando comunicamos com uma criança e lhe queremos transmitir algo, temos a tendência para criar uma história em torno da informação que queremos partilhar. Desta forma conseguimos manipular as imagens mentais que esta vai criar na sua cabeça, facilitando assim a compreensão da mensagem.

Quando comunicamos com adultos ou adolescentes, a maioria das pessoas não comunica desta forma, limitam-se a transmitir os factos, debitam a informação sem o cuidado de a contextualizar. Tudo isto só dificulta a comunicação entre duas pessoas.

O segredo está em conseguir comunicar de forma a que o outro crie imagens mentais claras e muito mais vividas. Tendo em consideração a experiência e conhecimento que as pessoas que temos à nossa frente têm, podemos direccionar a informação que pretendemos partilhar para uma determinada história, que sabemos que provocará impacto. Assim estamos a garantir que a nossa mensagem passe, que seja compreendida. Vejamos estes dois exemplos dados por Daniel Coyle, autor do livro: 'The Talent Code':

Pedirmos a um jogador: (1)para dominar a bola suavemente com o pé, ou (2)para que faça com a bola beije suavemente a bota, transmite mensagens idênticas mas com resultados completamente diferentes.

A primeira instrução não é suficientemente clara. Dominar suavemente a bola com o pé pode significar coisas completamente diferentes. Podemos criar diversas imagens mentais em torno desta informação.

A segunda instrução é bastante mais clara. Todos nós sabemos o que é beijar suavemente, a imagem que criamos na nossa cabeça é muito mais concreta, mais vivida. Esta segunda instrução leva-nos a pensar de uma forma mais direccionada. A maioria de nós irá pensar na forma como fomos beijados pelos nossos pais, quando éramos crianças, ou como beijamos a nossa(o) parceira(o).

Pedirmos a uma criança (1)para tocar ao de leve nas cordas de uma guitarra, ou (2)para tocar nas cordas da guitarra como se estas estivessem a escalda, cria imagens mentais distintas. A segunda instrução é muito mais vivida, mais clara.

A criação de contextos em torno da informação que pretendemos partilhar é fundamental numa boa comunicação. Debitar informação sem ter um mínimo de cuidado em fazer com os outros nos entendam é uma estratégia que não conseguirá aumentar do rendimento de ninguém.

Se tens uma mensagem que pretendes transmitir, elabora uma história em volta dessa mensagem, de uma forma simples, fácil de imaginar e sentir.

Já Sun Tzu defendia na sua obra 'A arte da guerra': "Se as instruções não forem claras e as ordens não forem explicitas, levando a que não sejam seguidas, é culpa do comandante."


 
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