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ÉTICA DE TRABALHO PARA AQUELES QUE QUEREM SER OS MELHORES

Vencer é um sub-produto de um longo processo de preparação que culmina no jogo. Quando jogadores e equipas iniciam uma partida de futebol trazem um passado de estudo e prática desportiva agregado.

Mas o que faz um bom jogador? E como se mantêm no topo, num ambiente tão competitivo?

Quando estudamos relatos de alguns treinadores acerca dos seus melhores jogadores observamos que a maioria nos refere que todos eles têm uma ética de trabalho incrível, onde a obsessão pela evolução e desenvolvimento são uma constante diária Nos seus dias. É um pouco estranho aos olhos da maioria das pessoas, pensaríamos que a aplicação seria mais no próprio jogo, mas para os melhores não é bem assim.

Temos como exemplo alguns exemplos relatados por Alex Ferguson:

"Quando ganhar se torna um modo de vida, os verdadeiros vencedores são incansáveis. Por mais lamechas que isto soe, os melhores jogadores competem consigo próprios como Ronaldo, Beckham, os irmãos Neville, Cantona, Scholes, Giggs e Rooney tiveram de ser arrastados para fora do campo de treino. Todos dispõem do desejo inato de melhorar cada vez mais."

"Quando no início da época, fazemos aos jogadores aquilo a que em Inglaterra chamamos «Bleep test», para avaliarmos o seu nível de capacidade aeróbica, Beckham rebentava sempre com a escala. O mesmo é válido para Ronaldo. Tinha o desejo de se tornar o melhor jogador do mundo e possuía a determinação para o conseguir. Prestava sempre uma atenção profunda à nutrição, que já vinha de antes de se mudar para Inglaterra. Hoje em dia é religioso quanto aos banhos gelados depois de cada partida para continuar a jogar ao nível que exige de si próprio. Não toca em álcool e mantém-se sempre cerca de três quilogramas abaixo do peso normal porque percebeu que, agora que chegou aos trinta, isso ajuda a manter o ritmo."

"A ética de trabalho que acabei de descrever para esta meia dúzia de treinadores e jogadores surge nos melhores atleta de todas as modalidades. Estes têm um apetite imenso pelo trabalho e uma auto disciplina extraordinária."

Nas palavras deste treinador não existem dúvidas de qual a primeira qualidade que um jogador deve possuir: não falamos de talento mas sim de determinação em querer trabalhar para ser cada vez melhor.

"Num mundo perfeito, cada jogo meu seria feito por uma equipa com 11 jogadores com tanta determinação como talento. Se eu tivesse de escolher entre alguém bastante talentoso, mas com pouca garra e desejo, e outro jogador apenas bom, mas com uma grande determinação e ímpeto, optaria sempre pelo segundo caso. O primeiro caso pode trabalhar bem durante um breve período, mas nunca dispõe de resistência que dá estabilidade e consistência a um grande clube."

Arriscaria a afirmar que a determinação para se melhorar diariamente consegue superar o talento. Identificar primeiro qualidade humanas, da psicologia do jogador, só depois ver-se as qualidade físicas, do talento.

Tirado do livro "Liderança de Alex Ferguson com Michael Moritz"


 
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