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EXERCÍCIO 6

EXERCÍCIO| FORMA | OBJECTIVOS

 

Exercício competitivo Gr+5v5+Gr com 1 joker ofensivo para trabalhar a organização ofensiva em superioridade numérica e a organização defensiva em inferioridade numérica.

Espaço de exercício com largura de 40m (grande área) por uma profundidade de 33 (duas grandes áreas). A linha da grande área serve para dividir este espaço de exercício em dois campos (meio campo defensivo e meio campo ofensivo).

Figura 1

 

DESCRIÇÃO | REGRAS

 

Utilização de todas as leis de jogo mas sempre que exista uma infracção a bola sai do guarda-redes da equipa que fica em posse de bola.

Utilização da lei do fora de jogo mas somente no meio campo defensivo da equipa que defende.

Figura 2

 

Os guarda-redes não podem rematar à baliza adversária.

Com esta regra evitamos que os guarda-redes possam procurar resolver sozinhos esta situação de jogo. Por outro lado, obrigamos-los a focarem-se na circulação da bola quando a recebem.

Figura 3

 

INTERPRETAÇÃO OFENSIVA

 

A presença de um joker ofensivo permite à equipa que ataca uma vantagem numérica. A todo o momento existe um jogador a mais para quem tem bola.

Os jogadores devem compreender que não existe pressa para finalizar. Devem circular a bola até um dos jogadores se encontrar em condições para o fazer.

Deve haver uma circulação com paciência, não forçando os duelos individuais. O exercício permite-lhes jogar entre si, como equipa, e mesmo assim haver condições para marcar golo.

Figura 4

 

Para a equipa que ataca, o guarda-redes deve ser visto como mais uma opção de passe.

Quando o pressing do adversário começar a sair impossibilitando que a bola possa progredir, o guardar-redes deve ser utilizado para se recomeçar a construção em segurança. Desta forma consegue-se criar uma maior superioridade numérica sobre o adversário, dificultando-lhe o seu pressing.

O guarda-redes adversário tem que ficar perto da sua baliza para conseguir reagir a qualquer tentativa de remate. Restando somente 5 jogadores para defender o espaço à sua frente.

Sendo o guarda-redes considerado como mais uma opção na circulação da bola, juntamente com o joker ofensivo, consegue-se uma vantagem numérica de +2 jogadores.

Com uma vantagem numérica de +2 jogadores a circulação tem que sair e as oportunidades de golo têm que começar a aparecer. Basta ter paciência na circulação, até alguém estar sozinho para finalizar.

Figura 5

 

Na saída de bola do guarda-redes, um bom posicionamento irá criar as condições para que haja uma saída curta sem que o adversário consiga pressionar.

Para tal: os centrais devem abrir, recuando para a linha do guarda-redes, enquanto os laterais devem abrir em largura máxima e em profundidade. O ponta de lança deve esticar em profundidade.

Com o posicionamento dos laterais e do ponta de lança, pretende-se arrastar os 4 defesas adversários em profundidade e largura conseguindo criar espaço para que os centrais e o joker ofensivo possam receber do guarda-redes sem pressão.

Figura 6

 

Esta organização permite à equipa que ataca aumentar o seu espaço de jogo ao mesmo tempo que obriga o adversário a defender uma maior área. Criam-se as condições para que o jogadores possam ter mais tempo para decidir em segurança.

Figura 7

 

INTERPRETAÇÃO DEFENSIVA

 

Pressionar um adversário que está em vantagem numérica acarreta alguns riscos e deve ser feito com alguma precaução. Fazê-lo sem critério irá abrir espaço que o adversário poderá utilizar para entrar e criar perigo.

Figura 8

 

A equipa que defende deverá ter sempre como principal foco a defesa da sua baliza. Todos os jogadores devem participar nas missões defensivas de defesa da baliza e ocupação dos espaços.

Uma primeira orientação defensiva a dar é que se deve privilegiar a ocupação do meio, orientando assim os adversários para os corredores laterais.

Para tal os jogadores devem defender os seus adversários por dentro, não deixando que tenham espaço para receber no interior da estrutura defensiva.

Não deixar o adversário jogar por dentro da estrutura defensiva é primordial para que se consiga defender com eficiência.

Figura 9

 

Uma segunda orientação vem no sentido de um equilíbrio defensivo nas relações numéricas da última linha defensiva (linha defensiva). Devem estar, sempre que possível, em superioridade numérica a favor de quem defende.

Desta forma conseguimos garantir que haja sempre um jogador em cobertura, preparado para ajudar um colega que esteja em duelo individual com um adversário.

Figura 10

 

Por vezes pode acontecer que haja uma igualdade numérica nesta última linha defensiva, desde que o espaço central esteja protegido.

Nestas circunstâncias os jogadores devem concentrar-se no meio e ainda mais juntos.

Desta forma retira-se espaço para que os jogadores possam vir receber a bola no interior da estrutura ao mesmo tempo que todos os defesas conseguem reagir rapidamente a qualquer acção do adversário havendo sempre alguém que possa ajudar.

A saída no pressing deve ser mais prudente, para que nenhum adversário consiga ter condições de estar numa situação de 1v1 no interior da grande área.

Figura 11

 

O pressing deve sair com muitas cautelas de forma a se evitar que o adversário consiga espaços para entrar.

Os defesas devem ter paciência, esperando o momento ideal para saírem todos na pressão. Um passe atrasado, uma má recepção, boa no ar, uma mau toque do adversário são alguns dos indicadores de pressão que podem ser utilizados, sempre com critério.

Figura 12

 

João Miguel Parreira

 

 
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