EXERCÍCIO 10
EXERCÍCIO | FORMA | OBJECTIVOS
Exercício competitivo 5v4+Gr para trabalhar: Contra-ataque; Recuperação defensiva; Saída de bola do guarda-redes; Construção em superioridade; Defender em inferioridade; Passe de transição.
Espaço de exercício com profundidade até ao meio campo e na largura da grande área. Este espaço é divido ao meio formando assim dois campos. Utiliza-se comente meio campo de cada vez, o outro campo é utilizado pelo joker ofensivo no momento da transição ofensiva.
O joker ofensivo joga da equipa que a ataca a baliza.
Jogo competitivo para ver quem finaliza mais vezes no tempo de exercício.
Dificuldade acrescida para quem defende -1.
Complexidade 45%

Figura 1
DESCRIÇÃO | REGRAS
Enquanto a bola não for colocada no joker, nenhum jogador pode invadir o outro meio campo.
Esta regra permite-nos um maior pressing de quem defende, visto não puderem recuar e um maior foco de quem recupera no colocar o passe de transição para o joker ofensivo, em vez de se invadir o meio campo adversário em progressão.

Figura 2
O joker não pode finalizar quando recebe sendo obrigado a devolver a um colega.
Não havendo defesas na oposição ao joker, não seria realista este puder receber e finalizar de primeira, estaria em fora de jogo. Assim sendo, tentamos recriar um apoio frontal aos colegas, com o devolver da bola porque se está impossibilitado de rodar devido à pressão de um adversário.
Esta regra permite-nos que ambas as equipas tenham que transitar de campo o mais rapidamente possível. Quem defende tem que ser rápido na recuperação defensiva para não deixar que o adversário tenha espaço e tempo para puder finalizar. Quem ataca tem que sair rápido no contra-ataque, tentando aproveitar o espaço e tempo disponível para atacar de imediato a baliza adversária.

Figura 3
Não existe a marcação de cantos, faltas ou lançamentos de linha lateral. O treinador coloca uma nova bola na equipa que ficaria de posse.

Figura 4
Sempre que exista um golo a bola sai do guarda-redes da equipa que o sofreu.
Nesta situação o joker passa a jogar da equipa que está a sair do guarda-redes - 5v4+Gr.
Desta forma conseguimos treinar a saída de bola do guarda-redes assim como o pressing da saída de bola em inferioridade numérica.

Figura 5
Só utilizamos o fora de jogo em situações muito exageradas. Se um avançado estiver um pouco em fora de jogo, deixa jogar. A marcação do que é fora de jogo ou não fica ao critério do treinador.
Desta forma os defesas devem estar atentos à recuperação defensiva não se fiando totalmente no fora de jogo. A bola é colocada em profundidade, tem que ir defender em vez de ficar a pedir fora de jogo.

Figura 6
INTERVENÇÃO OFENSIVA
Quando uma equipa recupera a posse de bola deve circular até conseguir arranjar condições para que a bola entre na referência do outro campo. Não existe a obrigatoriedade de colocar logo no primeiro passe, a bola deve sair em condições para o joker ofensivo.
Se este receber e tiver pressão imediata de adversário, deve segurar e proteger até que consiga colocar num dos colegas que vem em apoio.
O joker não pode rodar para a baliza adversária. Teoricamente estaria a ser pressionado nas costas por um defesa, impossibilitando-o de rodar.

Figura 7
Quanto mais perto da linha do meio campo menos condições terá o joker de receber e devolver a um colega.
O joker deve afastar-se o mais possível da linha, de forma a criar espaço à sua frente. No momento do passe, analisa a sua trajectória e ataca a bola. Terá mais tempo para receber e analisar o jogo, tendo mais condições para fugir ao pressing dos adversário.

Figura 8
Quando a bola é colocada no joker é fundamental que os outros jogadores não fiquem parados a observar o que este consegue fazer. Por vezes é esta a tendência de alguns jogadores, que deve ser evitada.
No momento do passe devem sair rápido no apoio ao joker, só assim se pode dar continuidade à jogada.

Figura 9
Quando o adversário consegue recuperar defensivamente, organizando-se bem consoante o espaço, deve-se abrir para ocupar o maior espaço possível. Ao fazê-lo obrigamos o adversário a defender um maior espaço.
Depois basta circular com paciência na tentativa de desorganizar o adversário, utilizando a superioridade numérica que o joker oferece.

Figura 10
INTERVENÇÃO DEFENSIVA
No momento da perda da bola os jogadores devem pressionar (abafar) de imediato quem a recuperou assim como os adversários perto dele. Pretende-se não deixar o adversário sair no contra-ataque, ou no máximo, obrigá-lo a decidir com menor qualidade face à pressão.
Mas pressionar a bola e adversários não é o suficiente. Há que também proteger espaços mais recuados, controlar o espaço nas costas. Preparar uma possível entrada da bola no joker.
Havendo superioridade para quem defende, um dos jogadores deve ficar a proteger o espaço mais perto da linha do meio campo. Desta forma consegue não só tentar interceptar um passe rasteiro que saia para o joker como também está em condições de o pressionar na altura do passe.

Figura 11
No momento em que a bola entra no joker, todos os defesas devem começar a recuar de imediato. Alguns jogadores cortam-se e ficam a observar o esforço dos colegas, isto é de evitar.
Sem haver um esforço colectivo na recuperação defensiva o adversário consegue maiores condições finalizar no contra-ataque. Todos devem recuar rapidamente, descansando depois de recuperarem as suas posições defensivas.

Figura 12
Organizados defensivamente, deve-se manter uma estrutura compacta e a proteger o meio. O pressing deve ser feito com critério e paciência, defender em inferioridade numérica assim o exige.

Figura 13
RESUMO
INTERVENÇÃO OFENSIVA
Segura e protege até vir o apoio.
Afasta para criar tempo e espaço.
Vai rápido no apoio.
Abrir bem.
Circular com paciência.
INTERVENÇÃO DEFENSIVA
Perde, abafa e controla espaço nas costas.
Bola no joker, recua tudo de imediato.
Fecha bem e mantém compacto.
Paciência no pressing.
João Miguel Parreira